sábado, 1 de maio de 2010

Com a palavra A COMUNICAÇÃO

Bacharel em comunicação à aproximadamente três anos, persiste em mim a inquietude dos acadêmicos. Este sentimento incômodo, angustiante me conduziu a procurar um projeto que permitisse o aproveitamento de vários assuntos/ conteúdos maravilhosos que tive acesso durante meu bacharelado.

Para alguns as teorias da comunicação são enfadonhas, densas e, até mesmos, complexas. Acredito que grande parte dessa impopularidade deve-se ao fato que a linguagem usa pelos autores (na sua maioria estrangeiros) dificulta o entendimento e fruição de leitura. O mais incrível é que um assunto tão contemporâneo ainda cause tanta estranheza até mesmo aos ‘profissionais’ da área.

Meu objetivo ao criar esse Blog é promover a exposição dos conteúdos referente às Teorias da Comunicação, com uma linguagem acessível e desta forma possibilitar debates, formulações de hipótese, ampliação da pesquisa e quem sabe até formulação de novas teorias.

Antes de iniciarmos nossa jornada pelas teorias da comunicação, acredito que é interessante refletirmos sobre a própria palavra Comunicação, pois etimologicamente falando, ela possui todo o arcabouço que traçará o nosso caminho neste projeto.

Genericamente falando, todo e qualquer animal se comunica , seja utilizando meios biológicos ou tecnológicos, este ultimo referindo-se apenas ao homem. A comunicação é um mecanismo de sobrevivência e permanência das espécies, isto é, os animas se comunicam para procriar, construírem abrigos, para criar estratégias para defender-se dos predadores e armazenar alimentos.

Refletindo sobre comunicação um aspecto é fundamental, a comunhão. Pois comunicar-se não é uma ação que se faça isoladamente. Recorrendo a etimologia da palavra, que tem sua origem no latim “communicatio” que significa: “está encarregado de”, mas com o prefixo “co” que significa reunião chegamos ao significado “ atividade praticada em conjunto”, mais a terminação “ão” nos remeti a uma idéia de ação. Em outras palavras, podemos dizer que é a junção “Comum+ação”, isto é, “ação em comum”.

Recorrendo ao dicionário da língua portuguesa podemos dizer que a palavra comunicação tem por significado:

1. Ação ou efeito de comunicar(-se). 2. Aviso, informação. 3. Transmissão. 4. Passagem, caminho. 5. Processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens escritas, faladas, etc., por meios diversos (telefone, TV, computador, etc.). 6. Qualquer mensagem recebida por esses meios. 7. O processo de expressão e recepção de idéias, sentimentos, etc. entre duas ou mais pessoas, do ponto de vista de qualidade e eficiência. Pl. 8. Conjunto dos meios de transporte. 9. Telecomunicação. (XIMENES, 2000 p 235)

Agora já com os devidos recortes e esclarecimentos focalizemos apenas a comunicação humana chegamos a dois aspectos que merecem a nossa atenção, a formação de grupos com linguagem comum e a padronização cultural.

Esses aspectos terão uma maior atenção nos próximos capítulos, contudo agora é importante dizer que: Primeiro para que a comunicação seja eficiente é importante que os envolvidos tenham um conhecimento razoável dos códigos utilizados na mensagem. E segundo, que esse conhecimento tenha pertinência aos padrões e costumes da cultura inerente as partes envolvidas na ação.

Resumindo, se você não conhece os costumes e padrões Baianos não vai saber que a expressão “Aonde” proferida com arrastamento e malemolência equivale a uma negação. Ou ainda que a expressão “ópai ó” não é uma palavra em Yorubá, e sim a redução da expressão “olha para isso, olha”. Anda que a linguagem seja comum, os aspectos culturais podem, ou melhor, vão influenciar nos significados.

Nesse momento, percebo que me absteve de uma perspectiva importante, talvez acreditando que seja tão óbvio que não precise ser citado. Contudo como o objetivo e falar até do mais primário dos aspectos, façamos os esclarecimento.

A comunicação não é uma ação sentenciada, orquestrada, que utilize apenas, palavras, símbolos, desenhos, imagens. Os vetores, ou melhor, as formas de comunicação, podem ser imprevisíveis, incontáveis. Um exemplo simples, a rebeldia dos jovens dos jovens da década de 50, não foi expressa apenas pelas melodias alucinantes do rock’n roll, mas também pelas roupas, os penteados, pela forma de caminhar, pela cores, etc.

A comunicação humana é algo tão complexo que até mesmo um medicamento pode ser símbolo, ou melhor, mensagem. A pílula anticoncepcional tornou-se uma mensagem de auto-afirmação e independência para o movimento feminista dos anos 60. Contudo, vale ressaltar que estes exemplos têm uma essência semiótica, ciência que entende a comunicação com a transmissão de signos/ informações/ mensagens passadas através de códigos/ símbolos que compõem expressões híbridas.

Sendo assim, afirmo que a comunicação é uma ação consciente e voluntária sobre aspectos racional, e inconsciente e involuntária, tendo em vista, aspectos biológicos. È uma ação grupal que demanda compartilhamento de códigos e costumes.

No próximo capitulo trataremos da história da comunicação as primeiras tecnologia e o do estudo da comunicação.

Peço aos leitores que colabore, enviando textos e comentários. Aproveito para me colocar a disposição para esclarecimentos, palestras e debates, é só enviar um e-mail para diadeflores@msn.com.

Até o próximo encontro

Daisy Rose Silva

4 comentários:

  1. Daisy

    Seja muito bem vinda ao mundo dos blogueiros. Muito interessante esta iniciativa de discutir as teorias da comunicação.

    Beijo

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  2. Abadia,
    Obrigada! Espero que você participe ativamente deste projeto.

    Beijo

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  3. Achei muito legal´, seu debate sobre a teoria da comunicação e vou estar mim interando um pouco mas sobre o assunto para que possamos fazer um debate. Seja bem vinda, Bjkas. Railda

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  4. Olá Dayse, boa noite.

    Sou tutora de um curso em que uma das Unidades Temáticas está voltada à comunicação.

    Gostei muito do seu post e acho que ele se enquadra perfeitamente nos esclarecimentos que eu gostaria de transmitir ao grupo.

    Assim, peço-lhe permissão para usar um trecho da sua fala, dando-lhe os devidos créditos, é claro.

    Você se importaria?

    Abraços,

    Marlene

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